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Cartão-postal da Final da MMI de Primavera: Ocidente e Oriente se encontram

Cartão-postal da Final da MMI de Primavera: Ocidente e Oriente se encontram

O sol finalmente apareceu em meio às sombras cinzas que cobriam Sydney, na Austrália, na véspera das Finais da Masmorra Mítica Internacional de Primavera. Equipes da Europa, da América do Norte e da Ásia tomaram café da manhã no hotel antes de seguir para o estúdio, onde tinham uma sessão de fotos e entrevistas com a equipe de transmissão. Confira algumas amostras do que ficamos sabendo antes do torneio.

Jdotb fala sobre o que torna a Method NA especial

John “Jdotb” Daniel tem tudo o que se espera do capitão do time. Ele é um líder nato, assumindo o controle da conversa quando os narradores perguntam como é trabalhar com um elenco novo. “Como capitão, coube a mim montar a equipe, e uma das coisas que eu buscava eram jogadores que realmente estudavam o jogo”, afirma. “Gente que sabia o que estava fazendo e o que as outras equipes estavam fazendo.”

Jdotb foi enfático sobre o que ele vê como o diferencial entre os muito bons e os melhores, explicando que a maioria não pensa nas masmorras fora delas. Quem faz isso se destaca, sendo na opinião dele os companheiros de equipe perfeitos. “Os jogadores desta equipe estão nela porque pensam em masmorras o tempo todo. Às vezes estamos nos preparando para entrar na MEGAMINA e um deles solta: ‘Aliás, eu estava pensando na Terra Podre…’. Eu respondo: ‘Por que você está pensando na Terra Podre?!’”

“Eu não sei se o público geral entende a importância disso”, prossegue Jdotb. “Digo, muita gente pode ser substituída sem que isso cause um impacto no desempenho da equipe. Mas ter uma equipe capaz de pensar nas masmorras e criar formas de se sair bem nelas é importante. O time que nós temos está aqui porque ele come, dorme e respira essas coisas.”

A Method NA tem um objetivo claro neste torneio: vencer a equipe irmã e rival, a Method EU. Eles explicaram que, no passado, o desempenho irregular fez com que tivessem que enfrentar a Method EU em três finais da Copa de Primavera da MMI depois de ter que lutar nas chaves inferiores, o que os impediu de alcançar a vitória quando era preciso.

“Eu não sei se todo mundo compreende como isso é desgastante”, afirma Jdotb. “Durante a preparação para uma série de três jogos, você não treina para as partidas da final. Você treina pra chegar às etapas anteriores, talvez treinando para a fase seguinte. Aí, se chegar à grande final, Deus seja louvado, mas dificilmente você se preparou para ela.”

“Se conseguirmos os resultados que nós sabemos que somos capazes de alcançar, finalmente vamos ter o mesmo tempo de treino que a Method EU”, declara Jdotb com firmeza.

A Method EU e a mentalidade competitiva

Tornar-se a equipe mais forte da MMI não acontece só devido a habilidades manuais ou entrosamento entre a equipe: tudo começa na postura. A mentalidade competitiva e a positividade da Method EU claramente são um diferencial. Quando perguntados sobre como descrever a mentalidade da equipe, o elenco inteiro ri e responde quase em coro: “Tá tudo bem!”

“Se alguma coisa dá errado ou não vai como a gente planejou, a palavra de ordem sempre é ‘Tá tudo bem’”, diz Robin “Naowh” Gabay. “Acho que nunca tivemos uma discussão enquanto jogamos. No treino é diferente, mas se nós estamos jogando pra valer e alguém pisa na bola, nós sempre dizemos ‘Tá tudo bem, bola pra frente’. Acho que isso é importante porque ninguém quer jogar de mau humor.”

“Acho que isso faz muita diferença”, afirma Marc “Meeres” Endress. “Todo mundo tenta se animar em vez de começar a jogar a culpa uns nos outros.”

Segundo a equipe, isso é porque o objetivo é vencer, a coisa mais importante para todos eles. Não ajuda nada começar a gritar com alguém lá na hora. É sempre muito mais útil pensar em como corrigir o que deu errado.

Foi isso que norteou a Method EU durante a temporada, e, agora que estão em Sydney, eles não vão se contentar com nada menos que o primeiro lugar. “O segundo lugar nunca é o bastante para mim”, diz Mike “Gingi” Djebbara.

Mesmo com uma vantagem clara ao longo do ano, a Method EU foi inflexível em não fazer pouco caso de nenhuma equipe — especialmente levando em conta que todas têm treinado com afinco desde a chega à Austrália. Jimmy “Fragnance” Landqvist disse que, ao sair em busca de uma lanche à meia-noite, antes de ir para a cama, eles se depararam com as equipes chinesas treinando com tudo.

A BUFF WAR NERF ROGUE e a humildade

“Eles estão com medo da Method NA”, diz o intérprete da equipe Buff War Nerf Rogue sem rodeios.

Mesmo com a barreira do idioma, a Buff War Nerf Rogue e a equipe de transmissão deram boas risadas durante a conversa que tiveram por meio do intérprete, uma vez que a língua do World of Warcraft claramente ultrapassa barreiras culturais. A equipe taiwanesa diz que ficaria contente só de ficar entre as quatro primeiras, mesmo achando que é mais provável terminar entre os seis. Eles também estão muito nervosos, por ser o primeiro torneio presencial do qual participam.

Sobre se há algo que a Buff War Nerf Rogue quer que todos saibam sobre eles, Guan Ru “Chingbb” Chen se prontifica a explicar o nome que usa no jogo. Ele fala por alguns instantes e o intérprete sorri, se vira para nós e diz: “É o nome da namorada dele.”

Acompanhe hoje (sexta-feira, 7 de junho, às 3h no horário de Brasília) o início das Finais da Masmorra Mítica Internacional de Primavera na Twitch ao vivo de Sydney, na Austrália. Para ver uma lista completa dos horários e idiomas de transmissão, confira o guia do espectador e não deixe de seguir @Warcraft no Twitter.

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